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“Carinhos Quentes” colorem o Grande Encontro

Em uma tarde de encerramento marcada por agradecimentos, Charlie Chaplin surge no palco de shows do Grande Encontro dando uma palavra que dá alegria para seguir em frente a nossa caminhada:

“Que Deus nos guarde na palma da mão. Que possamos agradecer por tudo!”

Em seguida, foi contada a história “Carinhos Quentes”, que contagiou o público que recebeu pacotes com purpurina, usados para distribuir carinho e colorido ao rosto de todos.

Veja a galeria de fotos deste momento:

 

Confira, a seguir, a história dos “Carinhos Quentes” e se emocione conosco também!

“Carinhos Quentes”

Era uma vez um casal que se chamava Antônio e Maria. Tinham dois filhos e moravam felizes, numa cidadezinha do interior. Naquele lugar, todos, ao nascerem, recebiam um saquinho de carinhos . Cada vez que uma pessoa colocava a mão no saquinho, retirava de lá um carinho quente. Esses carinhos quentes faziam as pessoas se sentirem aconchegantes e cheias de amor umas pelas outras.
Todos ali sabiam que quando uma pessoa não recebia carinhos quentes, corria um sério risco de pegar uma doença, que as fazia murchar e morrer.

Era muito fácil receber carinhos quentes. Bastava pedir a alguém.
A pessoa que dava o carinho quente, colocava a mão na sacolinha, retirava de lá o carinho, que se expandia com uma luz, que podia ser colocada no ombro, na cabeça, ou no colo de quem estava recebendo o carinho quente.

Escondida numa caverna, uma bruxa má estava muito chateada porque naquela cidade ninguém ficava doente, para comprar os seus ungüentos. Além do mais, os carinhos quentes eram distribuídos a todos, de graça e, por isso, o acesso era livre. Assim, eram todos felizes.
Então, a bruxa inventou um plano muito malvado, que faria as pessoas comprarem os seus remédios. Vestiu seu disfarce e, numa manhã, foi até a casa de Antonio, fingindo ser sua amiga. “Olha, Antonio, veja os carinhos que Maria está dando aos filhos. Se ela continuar assim, vai consumir todos os carinhos com as crianças e, com o tempo, não sobrará nenhum carinho para você.”
Perplexo, Antonio perguntou: “Quer dizer, então, que não é sempre que existe um carinho quente na sacola?”

“Claro que não”, respondeu a bruxa. “O mais grave é a notícia que vou lhe dar em primeira mão, porque sou sua amiga: todos os carinhos quentes estão acabando. Cada pessoa tem que economizar o seu carinho e só usar quando for numa ocasião muito importante”.
Preocupado, Antonio começou a reparar cada vez que Maria dava um carinho a alguém ou aos filhos. Começou a se queixar para ela, alegando que ela dava mais carinho para os filhos e amigos do que para ele. Aos poucos, Antonio reservou seus carinhos quentes, apenas para Maria, e em doses homeopáticas. As crianças, percebendo a ausência de carinhos, começaram, também, a economizar os seus. Dia após dia, todos foram ficando mesquinhos.

Rapidamente, a história de que os carinhos quentes iriam acabar, tomou conta da cidade. Todos passaram a guardar seus carinhos. Assim, aos poucos, as pessoas foram ficando doentes e, cada vez mais gente ia comprar os remédios da bruxa.
Assustada com o crescimento da clientela, a bruxa começou a vender carinhos falsos, que imitavam perfeitamente os carinhos quentes, mas não surtiam os mesmos efeitos. Enganadas, as pessoas não morreriam, mas continuariam a comprar seus ungüentos e poções. A situação ficou grave, porque, a cada dia, havia menos carinhos quentes, e esses ficaram valiosíssimos. As pessoas, então, tentavam de tudo para consegui-los.

Antes da chegada da bruxa, as pessoas se juntavam nas calçadas, em grupos de três, cinco, até mais, para darem carinho umas às outras. Agora, a situação estava tão grave que, se alguém desse um carinho quente para outra pessoa, logo se sentia culpada.
Assim, o comércio da venda de carinhos quentes falsos começou a crescer. As pessoas, que não conseguiam encontrar parceiros generosos, que lhes dessem carinhos quentes, precisavam trabalhar para comprar carinhos falsificados.

Então, naquela cidade, se multiplicaram as possibilidades de venda de carinhos. Até espinhos frios foram revestidos com uma cobertura branquinha e estofados, para imitar os carinhos quentes. Ah! Apareceram, também, os carinhos de plástico, que faziam as pessoas se sentirem bem, por alguns instantes, mas logo ficavam mal.

Num belo dia, chegou àquela cidade, uma mulher especial. Ela desconhecia a história do fim dos carinhos quentes e distribuía carinho a todos e de graça, mesmo a quem não tivesse pedido. As crianças gostavam muito daquela mulher e passaram a chamá-la de pessoa especial. Aquela mulher dizia que, quanto mais carinhos as pessoas dessem às outras, melhor elas se sentiriam. Era como uma recarga de novas energias, em forma de carinhos quentes. Os adultos, preocupados, fizeram uma lei dizendo ser crime distribuir carinhos quentes sem uma licença.
Mesmo assim, as crianças daquele lugar, ainda hoje, teimam em trocar carinho com a pessoa especial.

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4 de maio de 2014

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